segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cabecinha Torta


Muitas mães têm dúvidas referentes a deformidades na cabecinha do bebê. Muitas vezes eles já nascem com a cabeça torta e outras vezes, por ficarem deitados na mesma posição durante muito tempo, acabam ficando com a cabecinha "amassada".


Segundo a Dra. Carmen Lúcia, pediatra da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, a deformidade no crânio do bebê na fase do nascimento até os primeiros meses de vida é normal. "É comum que alguns bebês nasçam com a cabecinha 'amassadinha'. Geralmente tem uma relação direta com a posição do bebê dentro do útero ou até mesmo com a passagem pelo canal vaginal. O índice pode aumentar na gestação de gêmeos e no bebê com torcicolo congênito", explica a pediatra.


Essa deformidade do crânio na fase neonatal pode ocorrer desde o nascimento até os primeiros meses de vida e se resolve espontaneamente.

A posição que o bebê dorme também influencia muito na forma da cabeça do bebê nos primeiros meses de vida, quando o crânio tem mais capacidade de se deformar. Como os pediatras recomendam que recém-nascidos durmam com a barriga para cima para diminuir o do risco da Síndrome da Morte Súbita, a parte posterior da cabeça pode ficar amassadinha.


A dica é alterar um pouco a posição da cabeça do bebê durante o repouso, virando levemente para um lado e para o outro. Quando estiver acordado, ele pode ficar durante um tempo de barriga para baixo, mas sempre observado para evitar que tenha dificuldade de respirar.


Não é de tudo verdade que se não voltar a forma até os três meses, o bebê irá manter a deformidade. Normalmente, o achatamento desaparece com o crescimento da criança. Por outro lado, existem várias alterações da forma do crânio e de origens bem diferentes. Sendo assim, é importante consultar o médico para saber se a alteração no formato da cabeça do seu bebê é apenas por causa da posição de dormir.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Estragar as crianças é criar adultos com problemas


Excesso de consumo, ausência forçada do pai, competição entre os pais, tentativas de compensação, excesso de fast food, esses são alguns dos fatores que influenciam na construção podem fazer com elas fiquem mimadas, egoístas, exigentes e até insensíveis.


O autor do livro "A Nova Vida Boa", John Robbins, em artigo publicado no Huffington Post fala de que forma os estragam as crianças. Ele acredita que isso nada tem a ver com abundância de amor, atenção e cuidados, mas com a substituição de coisas materiais pela falta de tempo e de amor genuíno.


Para Robbins, na tentativa de dar às crianças tudo o que elas querem, tentando agradar os seus desejos, e buscando não fracassar na proporção da felicidade dos pequenos, acabamos pecando. Isso porque trocamos o "alimento real" pelo prazer em curto prazo, uma das evidentes características da cultura em que vivemos, como cita Robbins nas palavras do ambientalista Bill McKibben. "Quase todo mundo é um pouco mimado, onde estragar crianças subscreve uma parte significativa da economia", afirma McKibben.


O problema é que esse sacrifício dos pais, reduzem as chances da criança ter uma vida auto-suficiente. Robbins afirma que as atitudes dos pais são a chave neste processo. "Se os pais não podem tolerar qualquer tipo de desconforto de seu filho, se eles nunca podem dizer não para ele ou ela, a criança cresce com medo.


Se os pais não têm fontes de alegria que não sejam seus filhos, as crianças podem acreditar que são o centro do universo", lembrou.
Dar atenção de maneira errada faz com que as crianças sejam mimadas e isso acontece através de exemplos que os pais dão em casa. Ensiná-los a lidar com emoções, mostrar alegria em ajudar as pessoas, ensinar a encarar as dificuldades e não suprir essa necessidade com bens materiais evitaria crianças mimadas.


As crianças não são ajudadas a conhecer sua própria beleza interior e percebendo que serão avaliados apenas pela sua aparência, posses ou performances, passam a acreditar em valores inversos. Muitos se veem forçados a colocar uma máscara, a ignorar os seus próprios impulsos mais profundos e não se sentem valorizados por suas qualidades interiores, sua bondade, suas risadas, suas inspirações e sua paixão pela vida.


Robbins lembra que os pais são observados o tempo todo pelos filhos e são a janela do comportamento deles. "Às vezes, você pode sentir que as crianças não estão te ouvindo, mas posso garantir-vos que eles estão sempre observando você. Eles podem parecer estar ignorando suas palavras, mas eles estão pagando uma grande quantidade de atenção para o seu exemplo. Eles são grandes imitadores, então cuidado com o que você lhes dá para imitar", ressaltou.

Fonte: Vila Filhos

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Quebrando brinquedos


Pelo menos um brinquedo na vida todo mundo já quebrou em sua passagem pela infância. O quebrar é uma conseqüência do brincar e acidentes acontecem. Falta ainda à criança a percepção da força que tem e refinamento aos seus movimentos para que não deixe o brinquedo cair constantemente.


É através da exploração do brinquedo que a criança descobre e entende o mundo. Portanto, incentive seu filho a montar e desmontar, ajudando na remontagem para a criança ter o seu brinquedo de volta. Nessa fase, o melhor é comprar brinquedos que possam ser desmontados e montados novamente.


A criança passa por uma fase da infância, entre os dois e sete anos, em que é muito curiosa e quer saber como o mundo funciona e isso inclui o seu brinquedo. Ela desmonta o brinquedo por curiosidade e, por muitas vezes, pode quebrar ou não saber montá-lo novamente.


A exploração do brinquedo estimula as habilidades manuais do seu filho, coordenação motora e raciocínio, fazendo com que ele quebre cada vez menos os seus brinquedos.


E quando o boneco serve para chamar atenção? Chamar a atenção dos pais, provocá-los ou mostrar o que conseguem fazer podem ser outras razões das crianças quebrarem os brinquedos. Essa demonstração de insatisfação pode ser um pedido de mais tempo e carinho que a criança quer dos pais.


Nessa hora não adianta gritos e castigos para que a criança não quebre mais brinquedos. O melhor é entender o que a criança quer dizer com essa atitude. Mude a rotina, dedique mais tempo ou melhore a qualidade do tempo que fica com seu filho e nada mais perfeito que uma boa conversa.


Os pequenos que ainda não conseguem expressar seus sentimentos através da fala podem quebrar os brinquedos para relatar uma raiva ou algo que o incomoda. Daí sobra para os ingênuos brinquedos. Isso faz parte do desenvolvimento e se acontecer, acolha a criança com calma, pegue-a no colo e explique que sentir raiva é normal e todos sentem, mas não é quebrando os brinquedos que os problemas vão se resolver.


Procure entender o porquê do sentimento de raiva do seu filho, se é algo em casa ou na escola que não anda bem, tente ajudá-lo e fique atenta às atitudes do seu filhote.


Não entre na armadilha do pequeno- Uma atitude dos pais que é prejudicial para o desenvolvimento da criança é ameaçar e não cumprir. Se a criança, por exemplo, quebra um brinquedo e os pais dizem que não irão comprar outro e depois cedem às exigências do filho, os pequenos são espertos e usarão isso como “tática”. Sabem que os pais ameaçam e não cumprem.


Essa atitude fará com que a criança cresça sem a percepção do valor do seu brinquedo, desprezando o que tem e não criando senso de responsabilidades. Mais tarde terão dificuldades em lidar com suas frustrações.


O brinquedo é muito importante para o desenvolvimento da criança. Deixe seu filho explorar o seu espaço crescendo com o senso de responsabilidade e sabendo lidar com os sentimentos.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Higiene bucal infantil

 
Limpe os dentes do bebê, antes mesmo de eles nascerem.
Cada fase da infância exige um cuidado especial com a higiene. Fique atenta e previna problemas no futuro.
 
 
Primeiros meses
 Envolva o dedo em uma gaze embebida em água filtrada ou, ainda, soro fisiológico e limpe a gengiva delicadamente. “Faça isso apenas uma vez ao dia, pois o leite materno tem anticorpos que não devem ser removidos imediatamente”, ensina Paulo Nelson Filho, professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, no interior paulista.

 
Quando os dentes despontam
Quando cinco deles já tiverem nascido, use uma escova com cerdas extramacias e um pouco de pasta sem flúor. “O mineral favorece a fluorose, que são manchas brancas”, conta o dentista Oskar Razuk, professor da Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo de São Paulo, a Fapesp. Para piorar, ali nas regiões manchadas, a estrutura dentária é mais frágil.
 
 
E o fio dental?
Ele deve entrar em cena quando a criança já tiver todos os dentes. Como usá-lo requer muita coordenação motora, essa tarefa cabe aos pais até que a criança consiga fazê-la corretamente. E atenção: o fio é tão importante para a higiene infantil quanto para a da boca dos adultos.


Fazendo sozinho a escovação
Por volta dos 5 anos, a criança já consegue fazer o serviço sem tanta ajuda. Mas é bom que um adulto supervisione e, se preciso for, dê um acabamento especial. Crie motivação comprando escovas decoradas com temas de que seu filho goste.

Fonte: bebe.com.br

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cuide do pulmão do seu bebê


Durante os primeiros anos de vida, enquanto ocorre o desenvolvimento dos órgãos e sistemas, e é necessário que os pais estejam atentos e evitem que os bebês tenham sequelas na vida adulta.


"Esse é um dos motivos para cuidarmos muito bem do pulmão de nossos pequenos, pois eles ainda vão crescer e ganhar espaço para realizar as trocas gasosas", explica Marina buarque de Almeida, diretora do departamento de Pediatria da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT). impedir a exposição ambiental nociva a esse desenvolvimento pulmonar, como a poluição e o tabagismo, além da realização de um bom pré-natal são atitudes importantes.


Após o nascimento, recomenda-se o aleitamento materno por pelo menos seis meses e o tratamento de eventuais infecções respiratórias. nos recém-nascidos as principais doenças estão relacionadas a complicações de prematuridade, como a displasia broncopulmonar, pneumonias e desconforto respiratório adaptativo.

Fonte: Revista Viva Saúde

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Os tipos de alimentos que uma gestante deve consumir

Pirâmide de alimentos em forma de pizza
A gestante não deve comer por dois, mas consumir pelos dois os nutrientes essenciais para a saúde da mamãe e do bebê. A palavra-chave é qualidade, não é quantidade.

Há sempre muitas dúvidas em relação à alimentação das mamães que acabam de saber que estão grávidas. Isso é normal, afinal a mãe quer gerar um filho lindo, maravilhoso e saudável. Saiba que não há uma formula mágica de “alimentação para gestante”. Existe sim muitas dicas preciosas para uma alimentação saudável durante toda a gravidez.

Lembrando que cada mamãe tem um organismo e só o seu médico ou um nutricionista poderá recomendar uma dieta específica. Portanto, o que vale para a Maria pode não valer para a Fernanda.


Vamos deixar claro que a gravidez não é o momento de comer tudo o que quer e a hora que quiser. A frase “agora tenho que comer por dois porque estou grávida” não é válida. Tá bom, sabemos que a fome aumenta. Se controle, mulher!!


Diria que a melhor frase seria “agora tenho que comer pelos dois”, garantindo assim saúde para a mamãe e completo desenvolvimento do bebê. Geralmente, a mulher deve aumentar a ingestão de apenas 200 calorias após o segundo trimestre.


Durante toda a gravidez, a mulher deve comer a cada três horas. Os especialistas recomendam uma alimentação bastante variada e colorida, incluindo seis porções diárias de pães e cereais, de preferência integrais, cinco de frutas e três a quatro porções de legumes e verduras. Além disso, carnes, leite e derivados, sempre variando para assim obter os mais variados minerais e vitaminas que mamãe e bebê precisam. Não se esquecendo de beber pelo menos dois litros de água por dia.


O primeiro trimestre é marcado por um aumento da frequência cardíaca e volume do sangue da mamãe, fase importante de desenvolvimento de partes vitais do bebê, como o sistema nervoso. Nessa fase, a ingestão de ferro, ácido fólico e líquidos são interessantes. Isso não quer dizer que esses componentes são importantes só nessa fase, eles têm que fazer parte de toda a gestação.


A mamãe tendo uma noção do valor de cada nutriente poderá montar pratos de acordo com o seu paladar e com a etapa da gravidez. Pegue a agendinha e anote alguns exemplos.


FERRO:
encontrado em carnes, fígado, ovos, feijão e verduras (espinafre, por exemplo). Para melhor absorção do ferro pelo organismo, consuma na mesma refeição alimentos ricos em vitamina C, como frutas cítricas e tomate, e evite alimentos ricos em cálcio, como leite e seus derivados, que diminuem a absorção.


ÁCIDO FÓLICO:
encontrado em vegetais verde escuros (espinafre, couve, brócolis), cereais e frutas cítricas. O cozimento pelo microondas e altas temperaturas destroem o ácido fólico. Prefira cozinhar no vapor. Já a partir do segundo trimestre de gestação, é hora de se reforçar a ingestão de vitaminas C (age na formação do colágeno – pele, vasos sanguíneos, ossos e cartilagem, além de fortalecer o sistema imunológico da mamãe) e B6 (importante para o crescimento e o ganho de peso do feto e a prevenção da depressão pós-parto) e do mineral e magnésio (favorece a formação e o crescimento dos tecidos do corpo).


VITAMINA C:
encontrada nas frutas como kiwi, laranja, morango, melão, melancia, mamão, abacaxi e nas hortaliça (brócolis, pimentões, tomate, couve-flor).
B6: encontrada no trigo, milho, fígado, frango, peixe, leite e derivados, leveduras.


MAGNÉSIO:
encontrada nas nozes, soja, cacau, frutos do ar, cereais integrais, feijões e ervilhas.
O cálcio e a vitamina D devem ser reforçados no terceiro trimestre, já que o bebê começa a esgotar a reserva da mamãe. O bebê precisa para a sua formação óssea (dentes e ossos). Além disso, auxilia na contração muscular e batimentos cardíacos. Já a mamãe precisa para manter as unhas fortes, os dentes sem cáries, evitar gengivite e câimbras, além de ajudar na produção de leite após o parto.


CÁLCIO:
encontrado em leites e derivados, bebidas de soja, tofu, gema de ovo e cereais integrais.


VITAMINA D:
 encontrada em leite enriquecido, manteiga, ovos e fígado. O banho de sol é essencial para que essa vitamina auxilie na fixação do cálcio nos ossos.
Esses não são os únicos nutrientes que mamãe e bebê precisam durante toda a gravidez.

 Outros importantes são:


CARBOIDRATOS:
fornecem energia para a mamãe e para o desenvolvimento do bebê. Os melhores são os integrais: arroz, pães, macarrão e cereais que são absorvidos mais lentamente e por isso saciam mais a mamãe.


PROTEÍNAS:
encontradas em carnes, feijão, leite e derivados. São responsáveis por construir, manter e renovar os tecidos de mamãe e bebê.


LIPÍDEOS:
são as gorduras que auxiliam na formação do sistema nervoso central do feto. Encontrados mais em carnes, leite e derivados, abacate, azeite e salmão.


VITAMINA A:
ajuda no desenvolvimento celular e ósseo e a formação do broto dentário do feto e na imunidade da gestante. É encontrada no leite e derivados, gema de ovo, fígado, laranja, mamão, couve e vegetais amarelos.


NIACINA (VITAMINA B3):
transforma a glicose em energia, mantendo a vitalidade das células maternas e fetais e estimula o desenvolvimento cerebral do feto. É encontrada em verduras, legumes, gema de ovo, carne magra, leite e derivados.


TIAMINA (B1): também estimula o metabolismo energético da mamãe. É encontrada em carnes, cereais integrais, frutas, ovos, legumes e leveduras.


Fonte: Guia do bebê

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dia 18 de Outubro dia do Médico


O dia do médico é muito importante e merece ser comemorado
Os médicos fazem parte de nossas vidas desde o momento que nascemos. Neles depositamos toda a confiança para cuidarem de nossa saúde. Este profissional importante dedica grande parte do seu tempo à vida humana, muitas vezes perdendo horas de sono e em companhia da sua família.

Sempre com atenção e carinho, honram sua missão de manter e salvar vidas.

Paciência, equilíbrio e compreensão são fundamentais para que tragam palavras de esperança e conforto nos momentos difíceis. E por amor à profissão, também se alegram com as vitórias dos pacientes.

Aproveite o Dia do Médico para demonstrar todo reconhecimento por estarem presentes em tantos momentos de nossa vida.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Porque algumas mães deixam de produzir leite?



Inicialmente, vale dizer que nos primeiros meses após o parto, a mulher produz o leite a partir de estímulos proporcionados por um hormônio fabricado na hipófise, a prolactina. Após esse período, a produção de leite é estimulada pela sucção do bebê. “Quanto mais o bebê mama, mais leite a mulher terá para oferecer”, diz Alberto D’auria, ginecologista e obstetra do Hospital Maternidade Santa Joana, em São Paulo.


Porém, como o corpo da mulher é muito suscetível a alterações, qualquer perturbação em seu organismo pode comprometer a amamentação. Sustos, angústias, preocupações, conflitos, perda repentina de massa ou sangue podem comprometer a principal fonte de alimento do pequeno. Mas, quando os sustos se vão, e o organismo se tranquiliza, o leite volta a ser produzido normalmente.



Para D’auria, não há comprovações de que determinados alimentos estimulem a mulher a produzir mais leite. A melhor maneira para garantir a abundância de leite é beber boas doses de água ao longo do dia. “Quanto mais líquidos são ingeridos, mais leite é produzido. E quanto mais se oferece o peito ao bebê, mais ele terá alimento”, completa o médico.



Fonte: Bebe.com.br

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Problemas dermatológicos em crianças

Quantas vezes você se viu apavorada diante de uma manchinha branca na unha de seu filho; em dúvida se devia ou não cortar os cabelos dele por causa dos piolhos; ou não sabendo mais o que fazer contra aquele cheiro de chulé, todas as vezes que o pequeno tirava os tênis?

Mas como para tudo  ou quase tudo  há remédio, a dermatologista pediátrica Ana Mósca, membro do Comitê de Dermatologia da Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro (Soperj), comenta as principais queixas e dúvidas das mães em relação aos problemas de pele, unhas, cabelos dos filhos.

Alguns bebês nascem com com um tipo de acne, outros com crostinhas no couro cabeludo. O que deve-se fazer em relação a esses dois problemas?
A acne é uma doença hereditária, inflamatória do folículo pilo-sebáceo, que aparece através de estímulos hormonais. No recém-nascido, geralmente, pelo leite materno, há passagem desses hormônios. Apesar de ser uma doença passageira, deve ser tratada, devido à possibilidade no futuro de causar cicatrizes na pele. Casos isolados de acne em crianças maiores, que permanecem com esse estímulo, devem se investigados laboratorialmente com o especialista.

As crostinhas no couro cabeludo também são conhecidas como crostas lácteas. É uma doença do folículo pilo-sebáceo, que ocorre nos primeiros dias de vida, desaparecendo em alguns meses. Não requer tratamento específico. A higiene, com óleo mineral, geralmente remove essas lesões. Nos casos severos e persistentes, o uso de xampu anti-caspa pode ser utilizado com sucesso.

E as crianças de 1 a 5 anos? Que problemas de pele, unhas e couro cabeludo geralmente apresentam?
As caspas persistentes ou dermatite seborréica é uma doença muito comum no adulto, mas que pode iniciar na infância. A causa é familiar. Dependendo da gravidade e grau de comprometimento o uso de xampu anti-caspa pode ser utilizado com boa resposta. Nos casos severos, o especialista deve ser recomendado, devido complexidade no tratamento.

A micose no couro cabeludo (ou “tinha capitis”), é uma doença cuja causa é fúngica. Há fungos de origem vegetal, animal e do próprio homem. Na criança, a forma mais comum de transmissão ocorre pelo animal, geralmente cães doentes. São lesões com diminuição de pêlos, aspecto anular, único, em que os cabelos apresentam tonsurados (sensação tátil de barba por fazer).
Outra forma de micose pouco comum é a contaminação que ocorre em alguns salões de cabeleireiros. Neste caso, o agente responsável é o fungo do próprio homem (antropofílico) e as lesões são inúmeras, com várias áreas sem pêlo.
O tratamento deve ser feito via oral com medicamento.

Como cuidar de uma criança com catapora, por exemplo?
A catapora é uma doença causada pelo vírus ”herpes varicelae”. A doença é transmitida dois dias antes e durante todo o período da formação da vesícula (bolha). A crosta é a parte final da doença e não causa contágio.
A higiene na fase aguda, na presença das vesículas, é muito importante. Não há necessidade de usar anti-sépticos como prevenção das infecções.
A pasta d’água, muito utilizada, tem ação secativa das bolhas e também calmante, quando a pele está coçando.

O que a mãe deve fazer quando vir algum problema na pele, unhas ou cabelos do filho?
Inicialmente, o pediatra é o melhor médico da criança. Problemas comuns são facilmente resolvidos. O especialista só deve ser indicado quando ultrapassa o conhecimento do profissional ou em casos especiais.

E o famigerado mau cheiro (chulé) nos pés infantis? São causados pelo excesso de suor? Pela falta do uso de meias?
Há pessoas que apresentam excesso de suor, também chamado de hiperhidrose. Quando aparece o mau cheiro, na maioria das vezes é pela má higiene. Outras causas são fúngicas e algumas bactérias oportunistas.
A troca de meias, a higiene adequada e a pesquisa da causa podem solucionar o problema.

Crianças de 0 a 5 anos têm frieiras?
As frieiras podem aparecer nos pacientes que apresentarem micoses interdigitais (entre os dedos) e não há idade para ocorrer.

Como cortar as unhas (mãos e pés) dos pequenos para não encravá-las?
O encravamento é uma tendência familiar. Geralmente, inicia ainda nos lactentes, usando continuamente meias e sapatos inadequados para a idade. Nos adultos, sapatos de bico fino, saltos altos com estrangulamento dos pés, numeração inadequada são os responsáveis pelo sofrimento dos pacientes.


Meninas de 4, 5 anos podem usar maquiagem e esmalte? De que tipo?
Os cosméticos modernos, geralmente, são hipoalergênicos. A maquiagem usada tanto no adulto quanto na criança contém o mesmo componente, mas em concentração menor. O uso exagerado dessas substâncias, em produtos de qualidade duvidosa, pode causar na pele obstrução, irritação e sensibilidade.


Quais os melhores sabonetes para bebês e para os de 1 a 5 anos?
A criança, de uma maneira geral, não tem glândulas sebáceas (gordura) desenvolvidas. Os sabonetes infantis mais adequados devem conter pouca concentração de detergentes. O sabonete de barra, geralmente, contém PH básico. Os líquidos próximos do PH neutro. A nossa pele é ácida e, portanto, em ambos haverá remoção da gordura da pele. O importante é selecionar pela qualidade do produto, aplicar o mínimo possível no banho e quando os bebês lavarem-se na banheira, não esquecer de enxaguar a pele.

Qual o melhor fator de proteção solar para as crianças a partir dos 6 meses de idade? E de quanto em quanto tempo deve ser repassado?
Comercialmente existem filtros solares somente químicos, físicos e as duas substâncias. Os químicos reagem na pele após a aplicação, portanto devem ser colocados antes de se ir ao sol. Os físicos são substâncias que não interagem com o organismo, são inertes, somente refletindo quando aplicados na pele. O protetor solar moderno geralmente contém essa combinação. São mais estáveis e duram mais. A numeração vai depender da quantidade e qualidade desses componentes. Quando compramos um protetor recomendado para crianças é porque, além do filtro, contém substâncias um pouco mais resistentes à água e com menos substâncias químicas.

Lembrete importante quanto à aplicação: crianças muito claras devem usar esses filtros solares diariamente, e não somente na praia ou piscina.


Furar a orelha pode provocar algum problema? Que cuidados que os pais devem ter?
O hábito de furar a orelha é muito antigo. Máquinas modernas, hoje em dia, fazem a técnica de perfuração ser praticamente indolor. O local e a higiene do material são muito importantes. A hepatite B pode ser transmitida se esses cuidados não forem observados.


As unhas infantis podem apresentar manchas? De que tipo?
As manchas brancas sobre a unha, também conhecidas como as 'manchinhas dos mentirosos`, é uma lesão muito comum, principalmente nas crianças e adultos desastrados. A causa mais comum é por pequenos traumatismos no local (prender os dedos na gaveta, portas etc). Com o advento do computador e o freqüente uso das teclas é comum observarmos também essas manchinhas.

E os indefectíveis piolhos? Como podem ser evitados?
Os piolhos, ou pediculose, são causados por um inseto. Está sendo considerado como uma endemia com grande poder de transmissão. O tratamento é eficaz, quando se consegue erradicar todos os contactantes, principalmente nas escolas, creches etc. A umidade favorece a recidiva, portanto, crianças não devem ir à escola com os cabelos molhados. O secador de cabelos, usado freqüentemente, além de desidratar e impedir a fixação da lêndea diminui a possibilidade de nova infestação.
O uso do remédio retira a forma viva, mas vinagre morno, usando um pente fino, é ideal para remover a lêndea que fica aderida nos pêlos.
Jamais aplicar inseticida nas crianças devido possibilidade de causar câncer.


Mães de crianças que apresentam sinais ou manchas de nascença devem procurar um dermatologista para verificar se há algum problema?
As manchas nos recém-nascidos são muito comuns, principalmente as vermelhas. O eritema tóxico neonatal (manchinhas vermelhas pequenas) é uma delas, que aparece nas primeiras horas de vida, além de passageiro é benigno. Nos casos duvidosos o médico pediatra poderá orientar quanto à gravidade e se devem ser investigadas.


Fonte: O globo.com

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vaidade infantil pode causar problemas psicológicos na vida adulta


Elas estão frequentando os nossos consultórios mais assiduamente. Manifestam seus interesses, independentemente dos seus pais. No fundo, tentam se adequar ao que vêem nas capas das "revistas de saúde", aos seus ídolos do cinema e TV e aos ditames da moda. Revelam uma preocupação incomum com a imagem corporal para tão pouca idade, e sofrem com isso, mesmo estando perfeitamente adequados.

Os pais se dividem entre envaidecidos e preocupados. Para eles, isso é também um comportamento novo e não sabem como lidar com essa tendência de insatisfação corporal dos seus filhos. Acham que suas crianças estão amadurecendo muito cedo e mesmo assim, evitam polemizar e se opor, pois já lidam com a dificuldade de controlar outros detalhes importantes da
adolescência. Até porque, cuidar do corpo parece uma conduta saudável.

O que preocupa as meninas
Há muito tempo elas manifestam sua vontade de perder peso. Na verdade elas sofrem desde muito jovens, devido às influências da mãe, que sempre fez dieta; às imposições da mídia, que exibe corpos magros como ideal, e às exigências da moda, que diminui a cada ano a numeração dos manequins. As meninas são incentivadas a usar maquiagem, salto alto, roupas sensuais e se comportarem como adultas. Recentemente, uma polêmica envolveu um ensaio fotográfico da revista Vogue, que utilizou fotos de meninas por volta dos seis anos de idade, vestidas, maquiadas e em poses de adultas.

O fato gerou posicionamentos contrários em todo o mundo, mas não foi capaz de retirar as revistas das bancas. A força dessas influências é inegável e os pais devem estar atentos a isso, além de discutirem o assunto e se posicionarem a respeito.

Nas últimas décadas, temos observado também uma antecipação da idade em que ocorre a primeira menstruação. Inclusive, isso determinou mudanças nos parâmetros diagnósticos de precocidade e normalidade para o início da puberdade nas garotas. O estirão puberal e as formas corporais femininas são determinadas pela elevação precoce dos hormônios femininos. Apesar da pouca idade, elas são mais altas, exibem corpo de mulher e muita preocupação com a imagem.

Existem evidências científicas que nos levam a crer que um "comportamento de dieta", adotado por adolescentes e crianças. Cada vez mais preocupadas com o peso e engajadas em dietas para emagrecer, pode aumentar os riscos de transtornos alimentares.

Na sociedade ocidental, 9 a 22% das adolescentes têm comportamentos alimentares inadequados com o objetivo de perder peso. Esses comportamentos estão associados com desnutrição, retardo no crescimento e na maturação sexual, e sintomas de transtornos mentais como depressão, ansiedade, fadiga crônica e maior risco de desenvolver transtornos alimentares.

O que mobiliza os meninos
Tem sido cada vez mais comum atendermos meninos muito interessados em músculos e proporções corporais incompatíveis com suas idades. De uma maneira geral, crianças e adolescentes não conseguem desenvolver naturalmente músculos tão hipertróficos com atividade física.

Nos meninos, os hormônios masculinos e o estirão de crescimento é inclusive mais tardio em relação ao que acontece com os corpos das meninas. Não há hipertrofia muscular sem hormônios masculinos em excesso.

Nos últimos anos houve uma crescente valorização da musculatura corporal masculina e para termos uma idéia dessa mudança, basta compararmos duas famosas figuras do cinema que viveram o personagem James Bond da série 007: Sean Connery e Daniel Craig, pois eles exemplificam essa mudança nos padrões de beleza masculina. O primeiro, magro e elegante, dentro de um terno. O segundo, malhado e musculoso, sem camisa em várias cenas do filme.

Não há como escapar desse modelo, que faz a cabeça da geração.O problema é que os meninos estão desejosos desse tipo físico muito precocemente, e para conseguirem isso, vão aos consultórios à procura de suplementos, como se isso pudesse aumentar massa muscular e promover os abdomes de tanquinho que eles tanto sonham.

Juntos deles vem os pais, aflitos e inseguros com as poções mágicas dos suplementos vendidos nas academias e lojas especializadas. Temem que seus filhos passem a usar esteróides anabólicos comprados na clandestinidade. Esperam de nós, profissionais de saúde, que consigamos convencê-los a não usarem tais substâncias.

Infelizmente, nossos argumentos ecoam muito pouco nas cabeças desses meninos. Eles já chegam com um padrão de beleza e uma ilusão de saúde fortemente arraigados, fruto dessa apologia insana e cruel aos corpos musculosos. Infelizmente os suplementos não ajudam esses meninos a aumentarem suas massas musculares. Na verdade, eles não deveriam fazer musculação até completar os 18 anos, idade em que normalmente param de crescer.

Até então, o maior estímulo para que eles possam ter um corpo masculino adulto perfeito no futuro seria uma dieta balanceada e a prática de esportes ou atividade física de recreação. Mas, muitas vezes, eles não aceitam tal recomendação. Pais, educadores e profissionais de saúde devem fazer a sua parte na tentativa de esclarecerem esses jovens pacientes sobre o equívoco dessa idealização tão precoce. 

E o sonho do corpo perfeito continua
É mesmo preocupante o grau de insatisfação corporal entre os adolescentes em todo o mundo. Mais de 25% dos meninos e 50% das meninas desejam perder peso, incluindo estatísticas de povos orientais. O mais impressionante em tudo isso é que 81% deles são considerados de baixo peso ou de peso normal, e 20% deles recorrem a métodos inadequados para alcançar seus objetivos de peso ideal, como dietas restritivas, medicamentos para emagrecer e a prática de vômitos auto-induzidos.

Entre os meninos magros, a insatisfação também existe e ela é responsável pela frequência cada vez mais precoce dessa turminha em academias e pela insistência com que eles vêm em busca de um suplemento. Tudo isso para antecipar uma estrutura que pode chegar naturalmente com a idade adulta.

De qualquer forma, abrevia-se a infância e adianta-se a vida adulta. Mesmo sem estrutura emocional para isso.


Fonte: Minha Vida

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A nutrição melhora o aprendizado e a memória das crianças em idade escolar


Uma equipe de cientistas europeus da Unilever, juntamente com colegas de institutos de pesquisa na Austrália e na Indonésia, demonstrou que a nutrição pode melhorar o aprendizado verbal e a memória das crianças em idade escolar.


Principais Descobertas
Em um estudo que levou 12 meses com 780 crianças da Austrália e da Indonésia, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, os pesquisadores avaliaram os efeitos da adição de uma vitamina específica e uma mistura de minerais a uma bebida diária.


Na Austrália, as crianças que receberam a bebida diária com a adição de vitaminas e a mistura de minerais tiveram um resultado significantemente superior nas provas de desempenho mental do que as crianças do grupo de controle que receberam a bebida sem a adição de nutrientes. Na Indonésia, foi observada uma tendência similar, mas somente nas meninas.


Este estudo confirma que a nutrição pode influenciar de forma positiva o desenvolvimento cognitivo das crianças em idade escolar, inclusive o das crianças ocidentais, que estão bem alimentadas.

Detalhes do estudo

Os cientistas estudaram 396 crianças bem nutridas na Austrália e 384 mal nutridas na Indonésia. Em cada país, as crianças eram alocadas aleatoriamente em um dos quatro grupos, e recebiam uma bebida com uma mistura de micronutrientes (ferro, zinco, folato e vitaminas A, B-6, B-12 e C) ou com óleo de peixe (DHA e EPA), ou com as duas adições, ou sem nenhuma adição (placebo).


Após doze meses, as crianças da Austrália, que receberam a bebida com a mistura de nutrientes, demonstraram níveis mais altos destes micronutrientes no sangue, o que significa que seus corpos os estavam absorvendo. Além disso, tiveram melhores resultados em provas que mediam sua capacidade de aprendizado e sua memória em comparação com as crianças dos outros grupos. Uma tendência similar foi observada na Indonésia, mas somente nas meninas. A adição de óleo de peixe à bebida fortificada não mostrou de forma conclusiva nenhum efeito adicional na cognição.

O papel da nutrição no desenvolvimento mental das crianças

Este estudo acrescenta à crescente evidência que a nutrição desempenha um papel importante no desenvolvimento mental das crianças. Anteriormente, as deficiências em ferro e iodo foram relacionadas a problemas no desenvolvimento cognitivo nas crianças pequenas; existem inclusive novas evidências de que as deficiências de zinco e vitamina B 12 comprometem o desenvolvimento mental das crianças. Mais recentemente, os óleos de peixe (EPA, DHA) também foram associados ao desenvolvimento cognitivo das crianças.


A maior parte dos estudos até agora se concentrou nas deficiências em determinados nutrientes em faixas etárias jovens. Porém, o cérebro continua crescendo e se desenvolvendo durante a infância e a adolescência. Sabe-se muito pouco sobre o papel da nutrição no desenvolvimento mental depois da idade de 2 anos, e não foram muitos estudos que analisaram o efeito de se oferecer um mix de nutrientes.


Até esta pesquisa, havia pouquíssimos estudos aleatórios de intervenção controlada que avaliassem o impacto da intervenção de micronutrientes múltiplos na função cognitiva das crianças em idade escolar.
Este estudo confirma que a nutrição pode influenciar de forma positiva o desenvolvimento cognitivo das crianças em idade escolar, inclusive o das crianças bem alimentadas. Os pesquisadores sugerem que esta descoberta pode ser de grande relevância no mundo ocidental.

Mais pesquisas

Cientistas recomendam a realização de mais pesquisas para investigar o papel exato do DHA e do EPA nas crianças saudáveis em idade escolar. O foco de outra pesquisa é a maior otimização dos testes de desenvolvimento cognitivo em relação à sua validade e sensibilidade entre as diferentes culturas. Os cientistas sugerem que os menores efeitos das vitaminas e minerais na Indonésia poderia ser um resultado de uma sensibilidade mais baixa dos testes cognitivos nesse país.


Este estudo foi realizado pelo grupo de estudo NEMO (Melhora da Nutrição para a Otimização Mental), que compreende o Instituto de Pesquisa Alimentar e da Saúde da Unilever (Vlaardingen, Países Baixos); CSIRO Human Nutrition (Adelaide, Austrália) e o Centro Regional SEAMEO-TROPMED para a Nutrição da Comunidade, a Universidade da Indonésia (Jakarta Pusat, Indonésia).

Fonte: Unilever

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cuidados com a pele da criança


Cuidado redobrado com a pele do bebê
A pele do bebê é bem diferente da pele dos adultos. Ela é mais fina - cerca de metade da espessura da pele de um adulto -, tem menos pelos, as glândulas que produzem o suor ainda são imaturas e as células que produzem a coloração da pele estão em menor atividade.

Por tudo isso, a pele da criança é muito sensível ao calor e a luz do sol, precisando ser constantemente protegida. É muito comum o aparecimento de brotoejas (entupimento das glândulas sudoríparas) principalmente no calor. Com o suor obstruído em função da brotoeja, cria-se uma inflamação, causando irritação na pele.

O bebê também tem uma maior dificuldade em manter a temperatura do corpo, sua pele fina e sensível não lida bem com o frio e calor, já que sua camada de gordura localizada sob a pele é pouca e não faz um bom isolamento térmico. Em temperaturas mais amenas o ideal é agasalhar bem os bebês e no calor sempre estar de olho para que as brotoejas não apareçam.

E por ser muito fina, a pele da criança absorve muitas substâncias, sejam substâncias tóxicas ou não. Deve-se tomar muito cuidado com o que passar na pele desses pequenos, pois podem desenvolver bolhas ou feridas ao serem expostas ao calor, irritantes químicos, traumatismo ou doenças inflamatórias.

Sabonetes específicos, por favor, mamãe- A pele dos adultos produz um óleo para lubrificar e agir contra as bactérias. A pele do bebê não produz óleo de maneira suficiente, então banhos em excesso principalmente com sabonetes fortes é prejudicial, pois pode ocasionar irritação e diminuir a proteção contra as bactérias.

O banho deve ser rápido e com sabonete de PH neutro, preferencialmente no umbigo, pescoço, axilas e área das fraldas, regiões onde as bactérias se proliferam mais facilmente.
Outra preocupação que deve ser constante desde cedo é com o câncer de pele. Crianças de até seis meses de idade não podem usar os protetores solares devido à ação tóxica desses produtos que podem provocar alergias.

Nesse caso, o uso de bonés, roupas, guarda-sol e a não exposição da criança, de qualquer idade, ao sol das dez da manhã as quatro da tarde são essenciais para a proteção e prevenção de doenças de pele dos bebês.

Assaduras são até comuns em crianças, mas não devem ser consideradas normais. A assadura se deve ao contato da pele do bebê com a urina, principalmente em lugares abafados e com dobras. As mamães devem redobrar a higiene do bebê, secá-los muito bem e utilizar somente produtos orientados pelo pediatra da criança.

Outra alteração de pele que atinge de 30 a 50% dos recém-nascidos é uma mancha vermelha que aparece geralmente na testa, pálpebras, lábio superior, entre as sobrancelhas ou nuca, conhecida popularmente como "Bicada da Cegonha". Esta lesão normalmente desaparece sozinha à medida que a criança cresce.

Qualquer que seja a reação na pele que o seu filho apresente, leve-o sempre ao médico para receber as orientações devidas. Qualquer produto, caseiro ou não, pode piorar a lesão que o bebê apresenta na pele.

Dicas
Evite o excesso de sol em horários de “pico”, das 9 às 16 horas, lugares muito quentes e ambientes fechados para que o seu bebê não tenha problemas de brotoejas.
Ensine a sua criança e crie o hábito desde pequena para que use o filtro solar, roupas, chapéus, óculos e evite exposição ao sol do meio dia.
Não se desespere se seu bebê nascer com alguma marca de nascença. Procure o pediatra e tire suas dúvidas. A grande maioria das manchas é benigna.

Fonte: Guia do bebê

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A fala infantil revela saúde


Dizem que falar é fácil e difícil é fazer. No entanto, a fonoaudiologia, ciência que estuda os distúrbios da comunicação humana, tem percebido que para algumas pessoas falar é bastante complicado sendo uma questão de saúde. Agindo preventivamente, essa pode tornar-se uma tarefa fácil, pois os pais ou responsáveis podem evitar problemas de fala, voz, linguagem e audição na primeira infância se forem orientados desde a gestação a tomar cuidados específicos em cada fase.

Durante a gestação inicia-se o desenvolvimento da fala através dos movimentos respiratórios e de sucção, que só estarão aptos após o nascimento, isto é, no período de amamentação.
Logo após o nascimento o bebê realiza atividades motoras concentradas na região oral como a sucção, respiração, mastigação e deglutição, que prepararão toda musculatura adequadamente dando condições necessárias para a criança esboçar corretamente os sons das palavras e desenvolver sua aprendizagem.

Tanto os "gritinhos" e choros, como a alta sensibilidade tátil existente na boca do recém-nascido lhe permitem conhecer o mundo e se relacionar com ele. Nesses período a criança vive situações prazerosas, reconhece texturas, objetos, ativa sua memória gustativa e assim organiza seu esquema corporal bucal que será fundamental na fase de aprendizagem da fala.
 
Também ao mamar, a criança realiza movimentos de sensibilização do palato (céu da boca), contração e relaxamento nos órgãos móveis da face como a língua, lábios, mandíbula e bochechas. Ela vai conjugando equilibradamente as forças musculares da face e da mandíbula. Esta última vai deslocando-se para frente, pois ao nascer apresenta-se retraída permitindo a passagem do bebê pelo canal vaginal durante o parto.
 
Os diversos sons emitidos durante a metade do segundo mês até o terceiro caracterizam a época do balbucio. Nessa fase a criança vai ganhando mais precisão nestes movimentos e articula sons variando ritmo e intensidade, que ganham significação na comunicação, sendo interpretados como desejo de comunicação, e devem ser incentivados pelos adultos. Por esses e outros motivos já bastante conhecidos é muito importante que a criança exercite-se mamando no seio, pois as estruturas da região oral estão em formação e necessitam de estimulação para desenvolvê-las harmoniosamente.
 
Aproximadamente aos seis meses o bebê inicia a imitação voluntária, isto é, a emissão de sons que se aproximam dos produzidos em nossa língua e que serão aperfeiçoados mais tarde. Ainda nessa época é introduzida à alimentação da criança uma dieta variada com alimentos mais consistentes, pois a musculatura já está apta a desenvolver novos padrões de fala e mastigação. Em geral, é nesta fase que ocorre o desmame do bebê, que é a introdução de qualquer outro alimento além de leite materno, e a conseqüente ampliação das relações da criança com o mundo. No período de seis a sete meses apresentam um balbucio altamente diferenciado. A ausência desta última característica em geral aponta para dificuldade severa de audição ou ainda um atraso no desenvolvimento geral da criança.

Estimular o aleitamento exclusivo no seio até os seis meses é fundamental no aprimoramento das funções da respiração, sucção, mastigação e deglutição porém, é preciso considerar que após este período algumas mães mantém a forma de alimentação baseada apenas na sucção. Esta atitude deve ser melhor avaliada, pois a criança no seu desenvolvimento natural deverá alcançar funções motoras mais elaboradas como a mastigação, que favorecerá o fortalecimento das estruturas envolvidas na fala. Assim como espera-se que a criança vença as etapas do sentar, engatinhar, ficar de pé até caminhar e cada uma delas é importante para a fase posterior, retardar a passagem de novos padrões de alimentação prejudica o desenvolvimento das funções orais, pois fixa o padrão de sucção, mantendo posturas inadequados de língua, lábios para a mastigação, respiração e fala. As funções mais prejudicadas são a fala e mastigação, porque necessitam de estímulo e aprendizagem.

Alguns cuidados devem ser observados pelos responsáveis para prevenir alterações neste campo como verificar a postura da criança ao dormir evitando o descanso das mãos sob a face, a obstrução nasal crônica, lábios entreabertos, para que não haja deformações faciais que alterem a oclusão dentária ou padrão respiratório nasal. Evitar patologias auditivas que prejudicam a discriminação dos sons da fala, verificar se o furo da mamadeira apresenta tamanho adequado além de posicionar a mamadeira não muito verticalizada, para exigir do bebê o exercício da sucção e não apenas a deglutição.

O hábito vicioso de chupar o dedo, chupeta, assim como de outros objetos, deve ser evitado em todo período de desenvolvimento infantil. Nos primeiros anos a região oral apresenta maior plasticidade, podendo ser erradamente modelada pela introdução dos objetos ou posturas, provocando deformações como flacidez labial, encurtamento do lábio superior, impedindo a vedação do mesmo, flacidez lingual que empurram os dentes gerando mau posicionamento deles na arcada durante o seu aparecimento, aprofundamento do palato com conseqüente estreitamento da região nasal, aumento da produção da saliva e baba durante a noite, respiração bucal oferecendo pouca oxigenação cerebral com prejuízos na concentração da criança e conseqüentemente na aprendizagem. Há também uma maior suscetibilidade às doenças respiratórias de repetição que culminam na fixação de um padrão respiratório inadequado de fala, mastigação e deglutição, além, é claro, de ser anti-higiênico. Portanto o falar está diretamente relacionado à saúde revelando as condições orgânicas existentes.

Somente a condição anatômica dos órgãos da fala não garantem sua boa dicção, é preciso considerar também o estímulo que a criança recebe para utilização destas estruturas. Alguns adultos reforçam as palavras ditas erradamente com um "estilo" infantil, o que significa dizer que "ensinam o errado " não dando chance à criança de perceber o correto. Muitas crianças apresentam boas condições orgânicas, porém, não têm necessidade de nomeação dos objetos, ações e pessoas, pois são compreendidas por todos ao apontá-los. Deve-se propiciar à criança experiências variadas como a nomeação de seus atos, objetos e partes do corpo sem auxiliá-las, apenas reforçando.

Algumas crianças apresentam um atraso no aparecimento da fala, ultrapassando a idade de dezoito meses, sem pronunciar uma só palavra. Esse comportamento pode expressar a falta de estímulo verbal oferecida a criança ou até mesmo ser um primeiro sinal de sua dificuldade de contato com o mundo. Pode revelar a presença de muitas patologias como surdez congênita, Síndromes, comprometimento de aspectos psico-emocionais que caracterizam o autismo, entre outras.

As alterações na fala tornam-se diferenças no "mundo dos falantes" e para muitas crianças essas alterações causam dificuldades no convívio em grupo, principalmente na fase escolar. A criança pode ser alvo de constrangimentos, pois ela é percebida apenas pela sua dificuldade. Nesse período é comum receber "apelidos", que por vezes permanecem ao longo do seu desenvolvimento, resultando em prejuízos emocionais custosos ao convívio social.

Estimular a aquisição e superação de cada fase no processo da comunicação oral é fundamental para a saúde da criança.

É preciso que pais, profissionais de educação e saúde procurem desenvolver medidas preventivas buscando o acompanhamento fonoaudiológico regular da criança desde o seu nascimento. A identificação precoce de alterações neste campo pode evitar o aparecimento de dificuldades de aprendizagem e patologias fonoaudiológicas.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Como estimular o desenvolvimento motor da criança?

Ele se move! Firmar a cabeça, sentar-se, ficar de pé… Tudo isso faz parte do processo que vai levar à primeira, e ainda cambaleante, caminhada. Você pode ajudar seu filho a dar esse grande passo.

 Logo que nasce, seu bebê passa por uma série de testes. Colocado de pé sobre uma superfície plana, o recém-nascido já “anda”. É o chamado reflexo de marcha, uma das provas de que está tudo bem com ele. Vai demorar ainda uns bons 11 meses para que seu filho realmente ande, sozinho, sem ninguém segurando, mas ele começa a se preparar pra isso desde cedo.

Nesse meio tempo, o bebê vai ter outras grandes conquistas, todas preparatórias desse pequeno grande momento: firmar a cabeça, erguê-la quando colocado de bruços, depois, ainda de barriga pra baixo, conseguir erguer o peito, apoiando-se nas mãos, sentar-se com apoio, depois sozinho, conseguir ficar de pé segurando-se nos móveis, depois sem as mãos… Cada um deles vai ser motivo de comemoração, fotos e filmagens. E tem de ser assim mesmo.

É importante acompanhar de perto esse desenvolvimento e estimular seu filho, sem pressa. O desenvolvimento se dá sempre nesse sentido, que recebe o complicado nome técnico de crânio-caudal, ou seja, da cabeça para os pés. E todas as crianças seguem a mesma sequência. Agora, cada criança tem seu ritmo e pequenas variações são normais. Em caso de dúvida, converse com o pediatra. Sempre.

Algumas crianças engatinham muito cedo, outras pulam essa fase sem que haja nenhum problema. Os neurologistas explicam: engatinhar não é uma etapa obrigatória do desenvolvimento, ao contrário de erguer a cabeça ou se sentar. Como engatinhar permite que a criança enxergue o mundo de uma forma diferente que as outras posições, vale a pena estimulá-la. Tudo sem estresse, na brincadeira. Alguns bebês não engatinham por falta de espaço e oportunidade e isso é possível resolver.

Você pode estimulá-la a ficar de bruços colocando-a sobre tapetes de atividades e a erguer a cabeça, agitando um brinquedinho na frente do rosto do bebê, por exemplo. Andadores em que a criança precisa se apoiar para manter-se ereta, podem estimulá-la a ficar em pé e a dar os primeiros passos. Tome cuidado com aqueles com rodinhas, em que a criança fica de pé “segurada” pelo próprio artefato e “anda” mesmo sem ainda saber andar sozinha.

Ao contrário de estimular a marcha, esses aparelhos podem atrasar o desenvolvimento do seu filho, já que ele fica na ponta dos pés, o que não não é maneira natural de caminhar, além de provocar acidentes sérios (como cair numa escada). Andador, só o brinquedo mesmo, com a criança apoiando a planta do pé no chão e com você por perto. São pequenos passos para a humanidade, mas uma viagem à lua pra ele.


Quando seu filho vai…

- Sustentar a cabeça quando colocado de bruços, apoiado nos antebraços: Por volta dos 4 meses

- Sentar-se com apoio: Por volta dos 4 meses

- Sentar-se sem apoio: Por volta dos 6 meses

- Engatinhar: Por volta de 8 meses, mas algumas crianças andam sem ter engatinhado antes

- Ficar em pé sem apoio: Por volta dos 10 meses

- Andar sem apoio: Por volta dos 11 meses