sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Crianças Hiperativas como agir com elas


Antes de qualquer comentário, é preciso definir o que é, de fato, hiperatividade, pois esse termo tem sido amplamente confundido com atividade pura e simples ou até com indisciplina:

É comum a qualquer criança ser ativa, às vezes, até em excesso. E isso é normal. Da mesma forma, é comum, principalmente na escola, crianças desinteressadas pela aula tornarem-se bagunceiras, o que caracteriza a indisciplina. Antes de classificar tudo isso como "hiperatividade", é preciso entender que a hiperatividade é caracterizada pela atividade ininterrupta, ou seja, o indivíduo está ativo vinte e quatro horas por dia, até mesmo dormindo (com sono agitado) e sua atividade chega à exaustão. E, apesar de exausto, ainda continua com a necessidade de estar em atividade, mesmo que o corpo já não agüente, a mente, continua em ação.

A hiperatividade em si não é uma doença é, geralmente, um sintoma de algum distúrbio como TDAH, alguns tipos de DDA, TOC e outros distúrbios de aprendizagem ou comportamento. Sendo assim, temos vários ângulos a analisar: Quando uma criança é muito ativa, está sempre agitada, parecendo nunca cansar-se, deve-se verificar como ela dorme. Se tiver sono agitado, com ou sem pesadelos, dormir na cabeceira e acordar nos pés da cama, cair da cama ou ainda se tiver tiques, convulsões ou outro sintoma parecido, deverá ser encaminhada a um profissional (Pediatra, Terapeuta, Psiquiatra) apto a identificar seu distúrbio, trata-lo ou encaminhar a criança a um tratamento. Se o sono da criança for tranquilo, pode-se dizer que é uma criança aparentemente normal, então, tudo o que se deve fazer, é deixa-la a vontade para "gastar" toda a sua energia durante o dia e poder dormir e descansar tranqüila a noite.

Se essa criança estiver em idade escolar, deverá freqüentar uma escola que tenha bastante espaço para brincadeiras e também uma boa brinquedoteca. Se a criança ainda não estiver na escola, caberá aos pais leva-la a um parque público ou play ground do próprio prédio (quem mora em condomínios) e também comandarem brincadeiras instrutivas como teatro de fantoches por exemplo. É possível confeccionar bonecos simples junto com a criança e depois usa-los na encenação Isso a manterá ocupada por um bom tempo e será uma atividade educativa. Além disso, muitas outras atividades podem ser usadas, com boa vontade e paciência, os pais poderão criar muitas formas de entreter o filho.

No caso da indisciplina em crianças pequenas deve-se rever a educação dada, visto que a indisciplina e a má educação andam juntas. Se a indisciplina é na escola, deve-se analisar a quantidade de alunos indisciplinados. Se a classe toda tem bom comportamento e somente alguns alunos desobedecem, deve-se verificar o que ocorre com eles, poderá ser desde má educação até algum distúrbio. Na dúvida, deve-se encaminha-los a um Psicopedagogo, pois, nesse caso, é o profissional ideal para atende-los, verificar se têm distúrbios e/ou encaminha-los a outros profissionais para tratamento. Se a classe toda ou a grande maioria age de forma indisciplinada é bem provável que a aula esteja desinteressante, vazia ou tenha qualquer característica que esteja dispersando os alunos. Neste caso, a solução será tornar a aula mais atrativa. O professor, com interesse e criatividade, certamente, encontrará muitas maneiras para tornar sua aula dinâmica e interessante.

Finalmente, no caso de uma hiperatividade exagerada, sem convulsões nem complicações noturnas, se for impossível controlar a criança, esta deverá ser encaminhada a um Multiterapeuta, que terá condições de identificar o distúrbio apresentado, trata-lo ou indicar outro profissional apto a isso. Crianças que apresentam convulsões, tiques ou outros sintomas parecidos deverão ser levadas a um Psiquiatra ou Neurologista. Na ausência desses profissionais, um Pediatra poderá ajudar.

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