quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Crianças devem praticar esportes sob orientação médica


A prática esportiva realizada por crianças deve ser acompanhada de orientação médica que observe os aspectos clínicos, ortopédicos, nutricionais e psicológicos do jovem esportista. O alerta é da pediatra Beatriz Perondi, do grupo multidisciplinar de Medicina Esportiva do Instituto da Criança (ICr) e da disciplina de Reumatologia do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Para exemplificar a importância de se fazer esse acompanhamento, a pediatra explica que, durante os treinos ou competições, o organismo da criança utiliza os nutrientes disponíveis, que são necessários para garantir um crescimento adequado. “Com isso, o desenvolvimento muitas vezes é comprometido por uma carga excessiva de exercícios”, afirma.

O serviço de Medicina Esportiva oferece orientação e acompanhamento para que a alimentação da criança tenha os nutrientes necessários para proporcionar a “energia” de que ela precisa sem que o desenvolvimento físico seja comprometido.
Todas as crianças atendidas pelo serviço passam por exames que possibilitam avaliar o estado clínico, como o teste ergométrico, ecocardiograma e níveis de colesterol.

 Os resultados permitem definir, além da condição física, qual a freqüência e a carga de treinamento a que está apta, sem que o esporte lhe traga riscos à saúde.
Doenças crônicas – Além de trabalhar com esportistas amadores ou de competição, o serviço de Medicina Esportiva do ICr desenvolve programa de atividades físicas para crianças portadoras de doenças crônicas.

Esse trabalho é realizado em conjunto com o Ambulatório de Reumatologia do Instituto Central do HC.
O grupo atende crianças com problemas pulmonares, cardiológicos, reumatológicos ou oncológicos, que precisam praticar atividades físicas dentro de condições específicas. “A doença muitas vezes alimenta um círculo vicioso em que a criança não faz nenhuma atividade física e essa inatividade de certa forma limita a qualidade de vida”, observa a médica.

O programa desenvolvido pelo serviço, que dispõe de uma academia de ginástica especialmente planejada para atender crianças com essas patologias, procura quebrar esse círculo e definir, dentro das necessidades e limitações de cada criança, um programa de exercícios. O objetivo é contribuir para fortalecer a musculatura, ampliar a flexibilidade e o condicionamento, proporcionando a melhoria da qualidade de vida.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pneumonia em crianças quais os cuidados


A criança geralmente apresenta mal-estar, febre elevada e tosse, podendo também apresentar dificuldade respiratória, dor no tórax, perda de apetite, vómitos ou dor abdominal.
O que é?
A pneumonia é uma infeção nos pulmões, sendo comum nas crianças.


Qual é a causa?
A pneumonia é normalmente causada por microrganismos (bactérias, vírus, ...) que atingem os pulmões e que aí se instalam desenvolvendo uma infeção. Pode também ser causada por gases nocivos, aspiração do conteúdo do estômago, etc.

Como se transmite?

Pode-se transmitir de vários modos, dependendo da causa. No caso de se tratar de um microrganismo, a transmissão pode ocorrer por inalação de gotículas respiratórias contaminadas ou microaspiração de secreções contaminadas da faringe.

Em que idade ocorre?

Pode ocorrer em todas as idades. Os microrganismos responsáveis pela pneumonia dependem da idade da criança. Além disso, em idades mais precoces (até aos 3 meses) a gravidade da pneumonia é habitualmente superior à de uma criança mais velha.


Quais são os sintomas?
A criança geralmente apresenta mal-estar, febre elevada e tosse, podendo também apresentar dificuldade respiratória, dor no tórax, perda de apetite, vómitos ou dor abdominal.

Nota: Nem toda a criança com pneumonia tem tosse e nem toda a criança que tosse tem pneumonia.

Quando se contacta com uma pessoa com pneumonia fica-se necessariamente doente?

Não. O nosso corpo tem alguns meios de defesa que nos permitem combater os vírus e as bactérias que entram em contacto com a árvore respiratória. Contudo, quando os vírus ou as bactérias conseguem ultrapassar essas barreiras, pode surgir a doença. As crianças com o sistema imunitário ainda em desenvolvimento constituem um grupo de risco acrescido.

A pneumonia obriga a internamento hospitalar?

Não. A maioria das crianças podem ser tratadas em casa, mas cabe ao médico avaliar clinicamente a criança e decidir o local onde deve ser feito o tratamento. Os recém-nascidos devem ser internados.

Existe "princípio" de pneumonia?
Não. A criança ou tem ou não tem pneumonia. No entanto, existem situações clínicas em que o diagnóstico é difícil, não podendo o médico naquele momento afirmar com certeza que existe um processo infecioso no pulmão. De igual modo, as pneumonias podem ser clinicamente mais ou menos graves e/ou mais ou menos extensas.

É necessário algum exame para se poder afirmar que existe pneumonia?

O médico pode basear-se apenas na observação da criança para concluir que se trata de uma pneumonia, sem requisitar qualquer exame. As crianças que não têm uma pneumonia complicada e que cumprem o tratamento em casa, podem nem necessitar de fazer uma radiografia pulmonar. Normalmente, as crianças que ficam internadas realizam radiografias pulmonares e outros exames no sentido de avaliar o seu estado clínico e determinar a causa da pneumonia.

Que medicamentos são usados no tratamento?

Podem ser utilizados antibióticos e antipiréticos (medicamento que baixa a temperatura). Uma boa ingestão de líquidos é também essencial.

Toda a pneumonia necessita de ser tratada com antibióticos?

Não. Um grande número de pneumonias em crianças são causadas por vírus e estas não são tratadas com antibióticos.

Quando a criança melhora pode-se parar o antibiótico?

Não. Os antibióticos devem ser dados durante o número de dias indicado pelo médico. Embora a criança possa parecer curada, o esquema deve ser sempre cumprido até ao final, no sentido de evitar recaídas.


A criança pode ir para o infantário ou para a escola?
A criança deve permanecer em casa até à recuperação da pneumonia.

Existe vacina?

Existem duas vacinas que são dirigidas contra duas bactérias que frequentemente causam pneumonia (Haemophilus influenza e Streptococcus pneumoniae). Uma delas (contra o Haemophilus influenza) encontra-se incluída no atual plano de vacinação e desde a sua introdução este agente raramente é responsável por pneumonias. A administração da outra vacina deve ser discutida com o médico assistente da criança.

Qual é o prognóstico?
O prognóstico é bom, com recuperação completa sem sequelas na maioria dos casos. Existem raras situações em que a doença é mais grave, prolongada e pode deixar sequelas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Alimentação Saudável para as crianças


O crescimento da obesidade infantil assusta pais e médicos que se preocupam com a saúde das crianças e em como o problema pode afetar o futuro delas. Se antes o prato do brasileiro tinha feijão, arroz, bife e salada, hoje em dia é comum ver crianças que almoçam batata frita e lancham hambúrguer com refrigerante. Os sucos naturais foram substituídos pelos industrializados e as sobremesas agora são compostas por doces e biscoitos, tirando a vez das frutas.

Os hábitos alimentares formados ao longo da infância refletem na saúde do indivíduo quando adulto e são determinantes na incidência de doenças como hipertensão, diabetes
tipo 2, doenças renais e problemas coronarianos. A preocupação com o que os pequenos consomem se justifica e deve ser transformada em atitudes que evitem que eles se tornem adolescentes sedentários e adultos doentes.

Dia das crianças com mais saúde
Na semana do dia das crianças, que tal efetivamente mudar a alimentação do seu
filho? Segundo relatório publicado pela ADA (American Dietetic Association), a escola representa um local importante para a promoção da saúde, por isso procure saber se o colégio da sua criança serve lanches nutritivos e se visa ensinar aos alunos como eles devem se alimentar.

A educação nutricional de crianças e pais faz com que a família possa ter uma vida mais saudável e com mais qualidade. É importante que sejam consumidos alimentos de todos os grupos alimentares com equilíbrio, ou seja, a criança não precisa deixar de consumir
gordura, por exemplo, apenas procure oferecer fontes de gordura do bem para seus filhos. Durante a fase de crescimento, é necesário que os alimentos forneçam as fontes necessárias para o desenvolvimento dos sistemas muscular e ósseo.

No dia das crianças, em vez de levar seu filho para comer fast-food, que tal preparar um belo
lanche em casa, convidando os amiguinhos da escola? Aproveite o feriado e faça seu filho mexer o corpo: leve-o para brincar no playground, parque aquático ou de diversões. A família toda pode se envolver e fazer deste dia algo inesquecível. Aproveite e tenha a certeza de que sua criança vai agradecer.

Confira as dicas para a alimentação das crianças:

:: Tenhas frutas picadas e guardadas em potes ao alcance das crianças. Morangos, gomos de tangerina, uvas, kiwi agradam a criançada e são ricos em vitaminas antioxidantes;

:: Não faça estoque de biscoitos e guloseimas em casa. Quanto maior for a oferta, mais a criança comerá esse tipo de alimento;

:: Prefira oferecer cookies e rosquinhas integrais que são encontrados em diversos sabores, desde aveia e mel até cacau e frutas vermelhas;

:: A granola é uma opção interessante para “beliscar” e pode substituir os salgadinhos. Se a vontade de comer um salgadinho for grande faça pipoca em casa. Ela tem bastante fibra, importante para manter o bom funcionamento do intestino

:: Convide as crianças para participar da preparação do prato. Isto desperta o interesse pelos alimentos;

:: Sanduíches naturais, acompanhados de suco são uma ótima pedida, além de fáceis de preparar. Prefira pão integral e recheie com alface, tomate, pasta de soja ou tahine, queijo branco e frango desfiado. Para incentivar que os pequenos comam vale cortar o sanduíche com cortadores de biscoito no formato de animais ou flores;

:: Aproveite a folga das crianças e agende um piquenique. Leve frutas secas, salada de frutas, sanduichinhos integrais, sucos e chás gelados;

:: Não proíba, mas imponha limites. Escolha um dia para que as crianças possam escolher o cardápio, neste dia vale a pizza e até o hambúrguer.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Crianças Hiperativas como agir com elas


Antes de qualquer comentário, é preciso definir o que é, de fato, hiperatividade, pois esse termo tem sido amplamente confundido com atividade pura e simples ou até com indisciplina:

É comum a qualquer criança ser ativa, às vezes, até em excesso. E isso é normal. Da mesma forma, é comum, principalmente na escola, crianças desinteressadas pela aula tornarem-se bagunceiras, o que caracteriza a indisciplina. Antes de classificar tudo isso como "hiperatividade", é preciso entender que a hiperatividade é caracterizada pela atividade ininterrupta, ou seja, o indivíduo está ativo vinte e quatro horas por dia, até mesmo dormindo (com sono agitado) e sua atividade chega à exaustão. E, apesar de exausto, ainda continua com a necessidade de estar em atividade, mesmo que o corpo já não agüente, a mente, continua em ação.

A hiperatividade em si não é uma doença é, geralmente, um sintoma de algum distúrbio como TDAH, alguns tipos de DDA, TOC e outros distúrbios de aprendizagem ou comportamento. Sendo assim, temos vários ângulos a analisar: Quando uma criança é muito ativa, está sempre agitada, parecendo nunca cansar-se, deve-se verificar como ela dorme. Se tiver sono agitado, com ou sem pesadelos, dormir na cabeceira e acordar nos pés da cama, cair da cama ou ainda se tiver tiques, convulsões ou outro sintoma parecido, deverá ser encaminhada a um profissional (Pediatra, Terapeuta, Psiquiatra) apto a identificar seu distúrbio, trata-lo ou encaminhar a criança a um tratamento. Se o sono da criança for tranquilo, pode-se dizer que é uma criança aparentemente normal, então, tudo o que se deve fazer, é deixa-la a vontade para "gastar" toda a sua energia durante o dia e poder dormir e descansar tranqüila a noite.

Se essa criança estiver em idade escolar, deverá freqüentar uma escola que tenha bastante espaço para brincadeiras e também uma boa brinquedoteca. Se a criança ainda não estiver na escola, caberá aos pais leva-la a um parque público ou play ground do próprio prédio (quem mora em condomínios) e também comandarem brincadeiras instrutivas como teatro de fantoches por exemplo. É possível confeccionar bonecos simples junto com a criança e depois usa-los na encenação Isso a manterá ocupada por um bom tempo e será uma atividade educativa. Além disso, muitas outras atividades podem ser usadas, com boa vontade e paciência, os pais poderão criar muitas formas de entreter o filho.

No caso da indisciplina em crianças pequenas deve-se rever a educação dada, visto que a indisciplina e a má educação andam juntas. Se a indisciplina é na escola, deve-se analisar a quantidade de alunos indisciplinados. Se a classe toda tem bom comportamento e somente alguns alunos desobedecem, deve-se verificar o que ocorre com eles, poderá ser desde má educação até algum distúrbio. Na dúvida, deve-se encaminha-los a um Psicopedagogo, pois, nesse caso, é o profissional ideal para atende-los, verificar se têm distúrbios e/ou encaminha-los a outros profissionais para tratamento. Se a classe toda ou a grande maioria age de forma indisciplinada é bem provável que a aula esteja desinteressante, vazia ou tenha qualquer característica que esteja dispersando os alunos. Neste caso, a solução será tornar a aula mais atrativa. O professor, com interesse e criatividade, certamente, encontrará muitas maneiras para tornar sua aula dinâmica e interessante.

Finalmente, no caso de uma hiperatividade exagerada, sem convulsões nem complicações noturnas, se for impossível controlar a criança, esta deverá ser encaminhada a um Multiterapeuta, que terá condições de identificar o distúrbio apresentado, trata-lo ou indicar outro profissional apto a isso. Crianças que apresentam convulsões, tiques ou outros sintomas parecidos deverão ser levadas a um Psiquiatra ou Neurologista. Na ausência desses profissionais, um Pediatra poderá ajudar.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Diabetes Infantil, sintomas e como cuidar


Muitas crianças desenvolvem diabetes e os pais normalmente não sabem como lidar com esse problema e ficam perdidos. O melhor é conhecer o que é essa doença e tirar todas as dúvidas para ajudar seu filho.


Diabetes é uma alteração na produção do hormônio insulina pelo pâncreas ou uma resistência à ação da insulina pelo organismo. É a insulina que ajuda o organismo a transformar o açúcar (glicose) em energia para o funcionamento do corpo humano.
A quantidade de insulina liberada depende de quanto açúcar é ingerido. Quanto mais alimentos ricos em carboidratos (doces, batata, arroz, macarrão, biscoito e bebidas alcoólicas) são consumidos, mais o pâncreas precisa trabalhar.


Existem dois tipos de diabetes, a do tipo 1 e a do tipo 2. A diabetes do tipo 1 é o tipo mais comum em crianças, de aparecimento súbito e pode surgir desde as primeiras semanas de nascimento até os 30 anos de idade, mas é na faixa dos 5 aos 7 anos e durante a puberdade que a doença tende a ser mais comum. Está relacionado à falta ou pouca produção de insulina, não conseguindo controlar a taxa de glicose ingerida.


A diabetes tipo 2 é hereditária e acontece quando as células resistem à ação da insulina, mesmo que sua produção seja normal. Antigamente era uma doença de adulto, mas com a elevação da taxa de obesidade infantil associada a uma vida sedentária e com maus hábitos alimentares, esse tipo de diabetes aumentou consideravelmente entre as crianças.
Quanto mais cedo o diabetes for detectado, mais chances se tem de eficácia no controle da doença e de evitar complicações futuras. Desde o nascimento há medidas de prevenção ao diabetes como o aleitamento materno, evitando a alimentação artificial, rica em açúcares desnecessários nesta fase.


Então, deve-se manter uma alimentação saudável para evitar a obesidade infantil. Pais devem levar as crianças para um espaço grande para brincarem e praticarem esportes e assim evitar que fiquem apenas à frente de computadores e videogames.


Sintomas

Os sintomas da diabetes infantil são sede, aumento de fome e emagrecimento, aumento do número de vezes em que se urina e são na maioria das vezes acompanhados por grande mal estar, sonolência, fraqueza, tonturas, câimbras e formigamentos.
Se não diagnosticada e tratada desde cedo, o mal pode causar variação brusca da taxa de glicose no sangue. O aumento da glicose, hiperglicemia, leva a criança a beber muita água. Já a hipoglicemia (baixa taxa de glicose) causa tremores, suores gelados, taquicardia e falta de resposta a estímulos. A variação pode levar ao coma.
A longo prazo, a doença causa perda de visão, derrame, infarto, hipertensão, impotência sexual, doenças pulmonares e insuficiência renal.


Como cuidar

 Para o controle da diabetes tipo 1 são necessárias aplicações diárias de injeções de insulina. O número de injeções diárias varia de acordo com a necessidade, ficando em torno de 2 e 4 injeções. Tão importante quanto aplicar o hormônio é fazer o monitoramento do nível de glicose no sangue.
Já o tipo 2 em geral não é preciso tomar medicamento, mas é imprescindível fazer um controle rígido da taxa de glicose, acertar a dieta e praticar exercícios.

A criança precisa de uma dieta rica em fibras e pobre em açúcar, com seis refeições ao dia. O ideal é retirar da alimentação os açúcares de absorção rápida como açúcar refinado, mascavo, cristal e mel. Consumir de maneira moderada os açúcares de absorção lenta como massas, tubérculos e frutas. Adoçantes devem ser usados por crianças a partir de um ano de idade.

Deve-se procurar o médico rapidamente ao se suspeitar desta doença para que o diagnóstico e tratamento da diabetes seja o mais precoce possível.