segunda-feira, 25 de junho de 2012

Como manter seus filhos ocupados durante as férias

Manter os filhos ocupados durante as férias não é uma tarefa nada fácil! Os filhos ficam super ansiosos para a chegada das férias para que os pais cumpram todas as promessas de passeios, de brincadeiras, de viagens e de tudo mais que os pais sempre prometem realizar quando chegar as férias. Os pais ficam loucos! Não sabem o que fazer para gastar toda a energia acumulada dos seus filhotinhos! As crianças são incansáveis no período das férias! E a dúvida que sempre aparece é como mantê-los ocupados, alegres e saltitantes durante as férias?

Primeiramente, crie um cronograma de atividades, passeios e tarefas a cada dia das férias para que a criança possa realizar. Não deixe de incluir tarefas que devem ser feitas pela criança em casa (como organizar o seu quarto, etc.), se for uma criança com faixa etária maior. Isso ajuda a criar senso de responsabilidade. Não é necessário sair de casa todos os dias! Você pode inventar brincadeiras lúdicas com seu filho e, até mesmo, incluir seus coleguinhas. Assim, tudo vai ficar ainda mais divertido. Conte com os imprevistos.

Se algo acontecer e tiver que cancelar alguma atividade! Não tem problema! Só não esqueça de cumprir depois. As crianças, assim como os adultos, odeiam falsas promessas! E não pense que eles não entendem quando você tenta enganá-las para não fazer determinada coisa. São mais espertas que parecem.

Não centre as atividades das crianças com passeios e alimentação em shopping. Uma atividade saudável para criança não pode estar vinculada apenas aos centros comerciais, comida “fast-food” e consumo. Isso não é nada educativo. Há outras alternativas mais interessantes e saudáveis. Leve-a ao shopping para ver um filme ou alguma coisa bacana que esteja acontecendo nesse local (exposições de coisas para crianças, atividades de recreação, etc), mas não faça das férias um “acampamento” no shopping. Procure desenvolver atividades lúdicas e de recreação com as crianças.

Não deixe que a criança fique durante um longo período divertindo-se com jogos eletrônicos (computadores, videogame, entre outros). A criança precisa se movimentar e agitar. Não pode aprender a ser sedentária desde pequena. Você deve permiti-las brincar com isso. E elas adoram! Porém, não deixe que seja apenas isso! E esqueça aquela idéia de deixá-las fazendo isso para lhe dar sossego! Vocês são os pais dela e precisa se envolver mais no cotidiano da criança, especialmente nas férias!

Procure desenvolver jogos de tabuleiro, de recreação e lúdicos (mesmo na sua casa), monte teatrinhos de contação de histórias em que cada um é um personagem, promova saraus de leitura de livros com as crianças, dê livros e as incentive, promova o dia “Gourmet Criança” sob sua supervisão e as incentive fazer alguma refeição, monte competições com os coleguinhas, faça jogo de mímica, faça uma sessão cinema em casa com todos os coleguinha, com direito a pipoca e suco, leve-as em parques.

Viaje também e promova um momento de brincadeiras durante a própria viagem. Use sua criatividade e imaginação! Ufa! Até vocês (pais) se sentem cansados com tantas atividades? Essa é a idéia! Divertir, brincar e passar mais tempo com seus filhos! Vocês (pais e filhos) irão expandir toda a energia! E juntos podem perceber como as férias foram muito legais!


Fonte: Mulher Digital

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Crianças: especialistas dão dicas de como equilibrar tecnologia e educação


 No mês das crianças, fabricantes de brinquedos apostam em produtos cada vez mais eletrônicos , enquanto marcas de eletroeletrônicos tentam atrair consumidores ainda mais jovens. No meio desta disputa, especialistas questionam como combinar brinquedos avançados e novas tecnologias com as idades mais adequadas, para que importantes etapas da fase de amadurecimento não sejam atropeladas pelos avanços da era da internet e das tecnologias portáteis.


 Diante deste assédio sobre o público infantil, educadores e pedagogos são unânimes: os pais não podem tomar a atitude drástica de isolar a criança do acesso às tecnologias, mantendo-a fora do contexto real da vida. E defendem: o uso de tecnologias na infância é importante, desde que de forma moderada e acompanhado de perto pelos pais.


 Jairo Werner, psiquiatria infantil e professor de Neuropsiquiatria Infantil/Desenvolvimento Infantil da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Rio, lembra que é preciso acompanhar cada momento da criança e entender, por exemplo, que na fase pré-escolar – entre os 3 e 5 anos – as crianças devem fazer experimentações, construir relações sociais e manipular objetos, de preferência coloridos e sem recursos eletrônicos.


 Nesta fase o ato de brincar é mais importante do que o objeto em si. Brincar é dramatizar, é deixar que a criança se coloque em diferentes papéis, apreendendo atitudes com jogos criativos, livros e atividades ao ar livre. As crianças definem muito de sua personalidade nesta fase. Por isso é importante não limitar isso tudo a um equipamento eletrônico – afirma o especialista.


 Já a criança que entra na fase escolar – dos 6 aos 14 anos – passa a ter como foco o conhecimento. Segundo Werner, esta é a etapa da relação com os outros, não apenas pelo prazer da interação, mas pelo entendimento de regras sociais. Neste universo, defende ele, o jogo deve estar inserido, e pode até ser eletrônico, desde que promova a interação com os adultos ou com outras crianças.


 Os recursos tecnológicos por si só não representam ameaças. O que está em questão é o desafio que os pais tem de educar a criança para ter meios de auto controle, de uma forma nem autoritária nem liberal demais, mas firme e dialogada – defende o psiquiatra infantil.


 O coordenador pedagógico e diretor do Colégio Módulo de São Paulo, Wagner Sanchez, lida diariamente com crianças em fase escolar, e com seus novos hábitos de carregar pen drives e MP3 players para a escola – a geração que cresceu imersa na era do computador tem hoje entre 12 e 16 anos. Na tentativa diária de equilibrar funções de pai e de educador na moderação do uso de tecnologias, Sanchez destaca que dos 4 aos 7 anos a criança desenvolve as capacidades psicomotoras e que o ideal é andar de bicicleta, jogar futebol ou praticar esporte ao ar livre. Se adotados, os brinquedos ou recursos tecnológicos devem promover a interação com outras crianças. Softwares educativos ou um computador portátil com recursos de cálculos, jogos e brinquedos específicos ajudam a desenvolver o raciocínio lógico-matemático.


 Mas, em contrapartida, a criança precisa fazer esporte e outras atividades. Os pais podem, por exemplo, ajudar no uso de jogos de caça-palavras, na solução das questões da ‘tabuada’ na escola ou adotar e acompanhar softwares que estimulam o aprendizado – lembra o pedagogo, que também acumula em sua formação especialidade em tecnologia.
Wagner Sanchez lembra que quando as crianças tinham uma boneca ou um carrinho que não possuíam nenhum recurso “extra”, elas criavam em cima daquele brinquedo, o que estimula a imaginação. Atualmente, as bonecas e os pequenos robôs falam, se movem sozinhos e “entendem” o que a criança fala, representando importantes evoluções tecnológica. Mas, segundo ele, em alguns casos, quando mal dosados, estes recursos podem inibir a imaginação.


 Brinquedos avançados demais, se usados em exagero e como único recurso, podem comprometer. Já os tamagotchis e aliens que dependem da criança para sobreviver ajudam no senso de responsabilidade e, de certa forma, transmitem mensagens de aceitação ao que é diferente – descreve.


 Além de moderação na hora de adotar brinquedos ou recursos tecnológicos em casa para as crianças, os pais precisam se envolver nesta escolha, entender as tendências de mercado e as funcionalidades de cada um destes objetos de desejo dos pequenos, defende Irene Maluf, psicopedagoga e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Segundo ela, como já aconteceu com a TV e o rádio, alguns pais podem, equivocadamente, ter a sensação de que o brinquedo “vai suprir todas as necessidades da criança” quando, na verdade, elas curtem o recurso tecnológico enquanto ele é novidade.


 São os adultos que vão ajudar a criança a debutar neste mundo da informação. O ideal é que ela conte com um adulto que interaja com ela, com o brinquedo e crie novas relações entre o concreto e a imaginação. Mas para isso o adulto precisa mergulhar nesta relação e entender este novo universo – descreve a especialista.
Irene lembra que a tecnologia, apesar de ser um instrumento muito rico, é apenas um meio que, segundo ela, se adotado de forma moderada, ajuda a estreitar mais a relação do adulto com a criança.


 Pouquíssimas famílias sentam para curtir um brinquedo com o filho. Mas estes recursos podem promover este entendimento entre jovens e adultos. Por isso que dizemos que informatizar a escola não é oferecer computador, mas capacitar adultos e professores para criar a partir destes instrumentos, ajudando as crianças a navegarem nesta nova realidade – acrescentou.

Fonte: O Globo