terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Escolhendo o Obstetra


Gravidez: identifique os oito primeiros sintomas
Com certeza este deve ser um dos momentos mais felizes e sublimes da sua vida, não é mesmo? Por outro lado, bate aquela insegurança "Será que a minha gravidez vai transcorrer numa boa?", "Será que meu bebê vai ser perfeito?".

Pois é, um pequenino ser está se formando dentro de você e as próximas quarenta semanas serão tempos de muitas dúvidas e mudanças em termos de aparência, físico, estado emocional e também de formação de novos conceitos na vida do casal. E é aí que entra em cena um dos mais importantes personagens desta nova história da sua vida... O obstetra.

Na maioria das vezes, a futura mamãe já tem um ginecologista/obstetra fixo e se sente profundamente segura em seguir a gravidez com o seu acompanhamento. Entretanto, algumas gestantes optam por trocar de obstetra porque o atual não corresponde mais às suas expectativas e também existe o caso das mamães de primeira viagem, que estão à procura do seu primeiro obstetra.

O que fazer, então, nestes dois últimos casos?
Escolher o profissional ideal, em meio a tantas opções do convênio médico ou indicações de amigas ou parentes, mostra-se uma difícil tarefa, mas sem dúvida esta é uma decisão da maior importância e que depende de muitos cuidados e informações, pois quando o assunto envolve a sua gravidez e a saúde do seu bebê não pode haver dúvidas e, muito menos, falhas.

Seja qual for o motivo de estar procurando o obstetra, o principal objetivo é você encontrar um profissional no qual confie, e que o mesmo reúna o maior número de qualidades consideradas essenciais.

Pensando em você e sabendo das dificuldades que a mamãe novata têm em decidir se vai ser este ou aquele obstetra que vai atendê-la durante este longo período, preparamos esta matéria para auxiliá-la na busca do melhor profissional. Leia com carinho e atenção e faça uma boa escolha!


Particular ou plano de saúde?

Sua melhor referência para iniciar a seleção do profissional adequado é alguém que você conheça e confie, como por exemplo alguém da família ou uma amiga, e que já foi atendida por um obstetra particular ou do mesmo convênio médico que o seu.
Na hipótese de não conhecer alguém que possa lhe indicar o obstetra, a primeira opção é você procurar alguns profissionais credenciados do seu convênio médico e marcar uma consulta para avaliar, num todo, qual é o mais adequado para acompanhar a sua gravidez, para depois partir em busca de um médico particular. Mas lembre-se, quanto mais o médico particular é conhecido e renomado, mais caro custam as consultas.

Não esqueça também, que a gravidez não envolve apenas as consultas pré-natais - até o final da gravidez você deverá reservar dinheiro para pagar a internação, o parto e os tratamentos pós-operatórios. Portanto, é bom fazer tudo bem pensado.


Homem ou mulher?
Você ainda não sabe se um obstetra ou uma obstetra é o mais recomendado pra você? Com qual dos dois você ficará mais a vontade?
Bem... É preconceito dizer que o sexo masculino é melhor que o feminino e vice-versa. Na escolha de qualquer profissional da saúde o que deve pesar é a competência. Ser eficiente não tem nada a ver com o fato do obstetra ser homem ou mulher.

Há gestantes que querem ser tratadas por mulheres porque acham que elas as entenderão melhor, ou porque se sentem mais a vontade em se expressar quando surgirem questões sobre sexo ou que envolvem o seu relacionamento com o parceiro, ou ainda porque os parceiros exigem isso por motivos de ciúme, pois sabem que certamente a mulher passará por exames nas partes íntimas. Por outro lado, existem aquelas que dão preferência para os homens, pois acreditam que sendo de sexo oposto o atendimento será de uma forma mais atenciosa. Mas a conclusão é: O que vale é você se sentir bem.


Conhecendo o obstetra

Pesquise tudo o que puder sobre o médico, ou seja, procure saber em que universidade ele se formou, se está bem informado e atualizado, se participa de congressos, em que hospitais trabalha e, o fundamental, se tem especialização em obstetrícia, é claro. Também fique atenta à sua higiene e apresentação – um bom médico cuida bem da própria aparência.


Limpeza e ambiente

Na primeira consulta do pré-natal, procure ficar atenta ao ambiente e à limpeza. Um consultório limpo, agradável, tranquilo e com atendimento cordial por parte da recepcionista e das assistentes é essencial para o seu bem-estar, pois reflete energias saudáveis e traduz fielmente o quanto o obstetra se importa com suas pacientes.


Relacionamento e disponibilidade

O bom relacionamento com o obstetra depende da empatia, de confiança e da possibilidade de corresponder às suas necessidades, e é fundamental para que tudo corra bem durante toda a sua gestação.
Se não houver atenção e empatia recíproca, nada dá certo.

Um bom médico sabe ouvir a paciente e tem de estar disposto a responder a todas as dúvidas, explicando tudo em linguagem simples e clara, além de diagnosticar considerando o contexto e não apenas um sintoma.

A primeira consulta deverá ser uma visita especial e interessante, e durar em torno de 1 hora e meia, pois vocês dois estarão se conhecendo e vão ter de conversar bastante ou, no caso de já ser paciente, colocando as conversas em dia. As demais visitas pré-natais deverão demorar no mínimo de 30 a 40 minutos.

O médico também deverá estar disponível para atendê-la 24 horas por dia durante toda a gravidez, seja pelo telefone do consultório ou de casa, pelo bip, celular ou e-mail, e retornar o mais rápido possível. Na hipótese de não poder atendê-la pessoalmente num caso de emergência, ele deverá lhe indicar um colega de confiança. De qualquer forma, para evitar imprevistos de última hora, tenha sempre um outro obstetra guardado na manga, e que possa estar disponível num momento de emergência.


Pergunta vai, pergunta vem

Em meio a tantas dúvidas e inseguranças, nada mais indicado que um obstetra de confiança, que esteja sempre atualizado e saiba responder bem às suas questões. Ele deve esclarecer de forma clara e sincera todos os problemas, desde os mais simples até os mais delicados.

Infelizmente, algumas vezes o silêncio impera, pois a gestante não se sente à vontade para expor suas dúvidas, e alguns médicos, para que a consulta seja rápida, ignoram alguns assuntos.

Você precisa ter intimidade com o médico para não sentir vergonha, principalmente na hora de fazer perguntas e discutir qualquer detalhe, pois quem mais vai sair ganhando é você. É melhor tirar as dúvidas com quem entende do assunto e que pode lhe dar orientações corretas, que ficar fazendo comparações com a gravidez de outras mulheres, o que cria um desconforto desnecessário.

O obstetra, ao mesmo tempo, deve lhe transmitir segurança e tranquilidade, e ter paciência para ouvir todas as suas dúvidas. Não se esqueça também que você é a única pessoa que pode responder as perguntas do seu médico, portanto seja também muito clara e objetiva. Desta forma o relacionamento torna-se mais maduro e profundo.


Companhia nas consultas de pré-natal

Durante qualquer exame ginecológico/obstétrico a presença de alguém da equipe médica, como uma enfermeira ou uma assistente, é obrigatória. Assim sendo, procure investigar, junto às outras grávidas que estão na sala de espera, como são feitos os exames pelo médico que você escolheu.

Sugestão: Se você se sente bem levando alguém para acompanhá-la nas consultas, ótimo. Porém, se você tem segredos pessoais que guarda à "7 chaves" como, por exemplo, assuntos voltados ao seu relacionamento conjugal ou alguma doença que por ventura possa ter, e que quer compartilhar apenas com seu médico, esta é uma decisão que deve ser bem pensada, pois muitas vezes a "escolta" acaba se transformando numa intromissão na sua intimidade.


Segunda opinião
Embora a gravidez não seja uma doença, é uma fase que pode necessitar de cuidados especiais. Portanto, se em algum momento você sentir insegurança ou estiver insatisfeita com o atendimento pré-natal, você tem todo o direito de consultar outros médicos para pedir uma segunda opinião, ou até mesmo de trocar de médico.


Parto e maternidade

Apesar de uma gestação normal poder durar até 42 semanas incompletas, alguns médicos se apressam em marcar uma cesárea para a 38ª, e isto é o começo da frustração das mulheres que querem ter parto normal. A explicação, jamais admitida por eles, é uma só: a comodidade de não serem surpreendidos por um parto na madrugada ou no final de semana. Portanto, durante as consultas, diga qual é o tipo de parto que você deseja fazer e sinta se o obstetra pensa como você. As expectativas têm que casar.

O ideal é fazer sempre parto normal e só recorrer à cesárea em casos especiais como, por exemplo, quando o bebê é muito grande ou não está na posição cefálica, quando a gestante tem alguma doença que pode ser transmitida ao bebê durante a passagem pelo canal de parto, quando o bebê está em sofrimento, ou quando a gestante já fez duas cesarianas.

Se após ter visitado e avaliado as maternidades, você escolher alguma que o seu obstetra já trabalha, ótimo, pois o trabalho dele será facilitado, já que ele conhece toda a estrutura do hospital. Caso contrário, diga a ele quais são suas preferências para chegarem a um denominador comum.

Lembre-se que a maternidade escolhida precisa se encaixar aos seus padrões e necessidades e, é claro, garantir tanto a sua saúde, quanto a do seu bebê. Portanto, na hora de escolher a maternidade, também leve em consideração o seguinte:


Atendimento
Aspecto e limpeza de todos os setores;

Presença de neonatologista na sala de parto;

Presença de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a mãe e UTI neonatal para o bebê;

Possibilidade de alojamento conjunto e a rotina estabelecida;

Serviço de suporte ao aleitamento materno e Banco de Leite Humano;

Infra-estrutura complementar (Banco de Sangue, laboratório, ultra-som, raios-X e tomografia computadorizada).


Você merece todo o conforto do mundo! Portanto, verifique se a estrutura hoteleira da maternidade está preparada para acolher e oferecer segurança para a sua família.

Verifique se a localização da maternidade e o trajeto até lá são favoráveis para você, pois na hora que o bebê resolver nascer você precisa chegar bem rapidinho até o local.

Quando visitar as maternidades, procure informações sobre os convênios aceitos e não se esqueça de conferir quais são os serviços inclusos no convênio, desde os essenciais até os secundários. Os custos extras costumam pegar a gente de surpresa!



Fonte: Planeta Bebê